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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Trajetória do "Volta, ao Ponto."



Após meses de pesquisas, estreamos em janeiro de 2010 no Projeto Barracantes (apresentando no Barracão Clowns), acolhidos e incentivados pelos Clowns de Shakespeare. Recepção e feedbacks impulsionadores.

Passo importante para continuar o caminho foi participar do Projeto Reinventando Memórias do ator e diretor João Junior(reinventandomemorias@blogspot.com).
Ele nos apresentou a teoria da Estética da Recepção, tão conexa com a Estética Relacional a qual Henrique Fontes nos indicou. Ambos os estudos foram de suma importância para a evolução do “Volta, ao Ponto. Um experimento.”

“As obras de arte relacional promovem encontros intersubjectivos, cujos significados são construídos colectivamente e não numa esfera de consumismo individual. Ao contrário de uma obra autónoma que transcende o seu contexto, a arte relacional está condicionada ao seu ambiente e ao seu público. (...) A Estética Relacional desafia-nos a reformular a relação espaço/tempo.” Filipa Aranda (filiparanda.wordpress.com/2010/01/27/estetica-relacional)

“Hoje, o Janela passou a tarde conversando sobre a dramaturgia da recepção como solução para algumas lacunas do experimento do grupo. Nossa, Neto levou um texto sobre Estética Relacional e... Bingo! Tem tudo a ver com a recepção. Pensamos até que a dramaturgia da recepção seja uma das soluções que a Estética Relacional traz. Nossa, isso tem muito a ver. A necessidade de se construir qualquer obra de arte que seja a partir dos leitores, espectadores e afins. A importância em pensar que o produto só se torna uma obra de arte quando é transformado pelo público ou quando o transforma e, portanto, só existe se esse público ta presente e atuante. E, pra isso, sempre pensar em códigos coletivos, (...) em ‘memórias sociais’.” Ana Carolina Marinho

A experimentação continuava a todo vapor convidados pelo Grupo Facetas para participar do Projeto Gambiarra, nos apresentando no espaço TECESOL em Março de 2010. Como sempre, ao final de cada apresentação abrimos espaço para uma conversa com o público. Algo revelador e relevante para a continuidade do processo.

“Já que os feedbacks de sensações revelaram pro coletivo inúmeras leituras, subjetividades e, de certa forma, quem viu se tornou atuante, é como se muita coisa fizesse até mais sentido depois da conversa coletiva.” Ana Carolina Marinho


Inscrevemos-nos no edital de ocupação da Casa da Ribeira, Cena Contínua. Fomos aprovados e, em mais ebulição, o "Volta, ao Ponto." chegava ao formato de palco italiano. Com a iluminação colaborativa de Olivan Nascimento, com a ajuda de Ramilla Sousa na assessoria de imprensa e a força de Alana Cascudo na assistência de produção. O resultado foi positivo! A surpresa nos tomou ao saber que fomos citados na tese de mestrado do teatrólogo e diretor Márcio Rodrigues.

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