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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O que rolou no Festival AGosto:

"O teatro apresentado no Festival Agosto de Teatro é jovem e cheio de vitalidade. Estamos num momento de efervescência e bem diferente da fase entre o final da década de 90 e início dos anos 2000, que dizimou uma penca de grupos teatrais.(...) Não se experimentava nada diferente. Hoje o teatro potiguar tem diversidade. Existe uma galera muito jovem e muito forte lutando para impor suas idéias.(...) Por essas e por outras o Festival Agosto de Teatro recuperou a minha fé no teatro potiguar.(...) O primeiro espetáculo completo que eu assisti foi o experimento 'Volta ao Ponto', e o Grupo Janela de Teatro me convenceu de cara! Meninos jovens e talentosos no palco. O grupo soube se cercar de ótimas escolhas para estruturar o seu trabalho. Teatro com o vigor e a beleza juvenil. Sangue novo e puro. Destaque para o trabalho corporal assinado por Rodrigo Silbat. Desejo vida longa ao grupo. Quero assistir tudo que eles fizerem!(...) Rodrigo Silbat foi o grande destaque do Festival. O seu trabalho ficou evidenciado nos bem sucedidos 'Volta ao Ponto' e 'O Pulo do Gato'. E num festival que mostrou a fragilidade corporal de alguns grupos, Rodrigo Silbat fez a diferença! Parabéns!"
(blogsaladeespera.blogspot.com)

"O grupo Janela de teatro não é uma promessa para o teatro local. É uma realidade. Com apenas um ano de existência o grupo foi arrojado ao adaptar um texto de Caio Fernando Abreu e não decepcionar. Nem perto disso, os atores mostraram-se seguros em cena, o texto chegou leve e denso para o expectador. A ambientação foi bem construída. A iluminação que refrata no cenário e a música ao vivo fisgam o público. A história de um homem que vai em busca de um amor perdido em um dia de chuva é muito bem contada, hora pelo texto, hora pelo corpo. A umidade, o frio e a tensão da narrativa alcançam o público. (...) Renovação. Não dá para falar do grupo de teatro Janela sem ser tocado pela novidade e pela empolgação que seus quatro integrantes transmitem. Formado há pouco mais de um ano, numa mistura de artistas novos e outros mais experientes.(...) De acordo com o ator Ranniery Sousa, a encenação procura provocar a angústia, sentida pelo leitor de Caio, no público. 'A gente tenta fazer com que o público faça parte do espetáculo', disse. No palco, a sonoplastia é executada ao vivo pelo músico Renato Carvalho.(...) A cada encenação, detalhes e até cenas da peça são modificadas. 'As apresentações sempre vão mudando, porque o processo não é estático', explica a atriz Ana Carolina Marinho."
(revistacatroze.com.br)

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Ao Festival AGosto de Teatro 2010!




Agora, com Rodrigo Silbat como preparador corporal do grupo, Paula Vanina orientando a criação cênica, Olivan Nascimento iluminando-nos, com a força de Dudu Galvão na preparação vocal e o músico Renato Carvalho que entrara para o “Volta, ao Ponto.” no lugar de Natália Oliveira, íamos à inscrição do Festival AGosto. Fomos aprovados!



Infelizmente Cris Reliê teve problemas pessoais e não pôde estar no palco do TCP pelo Festival. A novidade foi a substituição com Rodrigo Silbat. Deu super certo com nosso preparador corporal, bailarino, coreografo e, agora, estreante ator.

Estreamos em um Festival no dia 10/10/10. O espetáculo de cunho experimental foi muito bem recebido! Felizes demais!
http://revistacatorze.com.br/?p=2862 / http://revistacatorze.com.br/?p=2921

Trajetória do "Volta, ao Ponto."



Após meses de pesquisas, estreamos em janeiro de 2010 no Projeto Barracantes (apresentando no Barracão Clowns), acolhidos e incentivados pelos Clowns de Shakespeare. Recepção e feedbacks impulsionadores.

Passo importante para continuar o caminho foi participar do Projeto Reinventando Memórias do ator e diretor João Junior(reinventandomemorias@blogspot.com).
Ele nos apresentou a teoria da Estética da Recepção, tão conexa com a Estética Relacional a qual Henrique Fontes nos indicou. Ambos os estudos foram de suma importância para a evolução do “Volta, ao Ponto. Um experimento.”

“As obras de arte relacional promovem encontros intersubjectivos, cujos significados são construídos colectivamente e não numa esfera de consumismo individual. Ao contrário de uma obra autónoma que transcende o seu contexto, a arte relacional está condicionada ao seu ambiente e ao seu público. (...) A Estética Relacional desafia-nos a reformular a relação espaço/tempo.” Filipa Aranda (filiparanda.wordpress.com/2010/01/27/estetica-relacional)

“Hoje, o Janela passou a tarde conversando sobre a dramaturgia da recepção como solução para algumas lacunas do experimento do grupo. Nossa, Neto levou um texto sobre Estética Relacional e... Bingo! Tem tudo a ver com a recepção. Pensamos até que a dramaturgia da recepção seja uma das soluções que a Estética Relacional traz. Nossa, isso tem muito a ver. A necessidade de se construir qualquer obra de arte que seja a partir dos leitores, espectadores e afins. A importância em pensar que o produto só se torna uma obra de arte quando é transformado pelo público ou quando o transforma e, portanto, só existe se esse público ta presente e atuante. E, pra isso, sempre pensar em códigos coletivos, (...) em ‘memórias sociais’.” Ana Carolina Marinho

A experimentação continuava a todo vapor convidados pelo Grupo Facetas para participar do Projeto Gambiarra, nos apresentando no espaço TECESOL em Março de 2010. Como sempre, ao final de cada apresentação abrimos espaço para uma conversa com o público. Algo revelador e relevante para a continuidade do processo.

“Já que os feedbacks de sensações revelaram pro coletivo inúmeras leituras, subjetividades e, de certa forma, quem viu se tornou atuante, é como se muita coisa fizesse até mais sentido depois da conversa coletiva.” Ana Carolina Marinho


Inscrevemos-nos no edital de ocupação da Casa da Ribeira, Cena Contínua. Fomos aprovados e, em mais ebulição, o "Volta, ao Ponto." chegava ao formato de palco italiano. Com a iluminação colaborativa de Olivan Nascimento, com a ajuda de Ramilla Sousa na assessoria de imprensa e a força de Alana Cascudo na assistência de produção. O resultado foi positivo! A surpresa nos tomou ao saber que fomos citados na tese de mestrado do teatrólogo e diretor Márcio Rodrigues.

Inicia-se o segundo experimento do Projeto Abrindo Janelas


Dando continuidade ao Projeto Abrindo Janelas, iniciamos as pesquisas da experimentação proposta, agora, por Cris Reliê. O convite foi de embarcar no universo nordestino. Estudamos a vida e obra de Luiz Gonzaga como reflexo de uma realidade. Realidade esta que o Janela foi conferir de perto em viajem ao interior do estado, indo a Santo Antônio do Salto da Onça no agreste potiguar. Riqueza, riqueza e riqueza de motes para pesquisa!

Experimentando o ato representativo, fomos à sala de ensaio e descobrimos a tendência da pesquisa à crença e aos costumes nossos, dos nordestinos. Criávamos, então, personagens que transcorrerão em todo o processo. Personas-entidades com matrizes pautadas em tudo vivido e proposto.

Relevante foi o estudo do texto A Grande Serpente de Racine Santos, onde encontramos mais motes e coincidências com o trabalho já iniciado.

“Partindo do pressuposto de uma pesquisa embasada no universo nordestino, encontramos em diversas referências insurgidas também por viagens laboratórios pelo interior do estado e oficinas feitas em sala de ensaio, figuras pitorescas de nossa região, componentes de potência imagética, substratos a um imaginário poético. O texto A Grande Serpente veio como pré-texto para redimensionar os elementos encontrados em sala de ensaio. Imbuídos de empolgação e consciência, sabemos do objetivo de levar esse universo ao palco, defendendo anseios próprios da nossa cultura, que sirva de instrumento para o resgate de nossas raízes de figuras míticas, do sincretismo sertanejo e levantamento de diversas questões. Conscientes, também, do hibridismo entre contemporaneidade e tradicionalismo. Entre sagrado e profano, mergulharemos naquilo que é profético.” Cris Reliê

Em prosseguimento, o encontro e a aproximação da dramaturga e atriz Cláudia Magalhães foi e está sendo, antes de tudo, uma satisfação e enorme alegria. Cláudia será nossa orientadora de pesquisa em composição dramatúrgica.