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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

...Orientadores de pesquisas



A atriz Paula Vanina e o músico Luiz Gadelha aproximaram-se do grupo. Assim, a própria necessidade de estar no palco colocando em pratica as pesquisas necessitadas
poderiam acontecer, com orientação deles. Diante disso, Paula e Luiz trouxeram uma proposta de condução de workshops com uma contrução coletiva. Sempre nos colocando
na condição de humanos e da verdade que devemos encontrar dentro de nos enquanto comunicadores, ou melhor, artistas; Será que os artistas e/ou grupos de teatro
realmente sabem o que querem comunicar ou pesquisar?
Deparamo-nos com uma pergunta a qual não sabíamos responder, pois o Grupo de Teatro Janela tinha sido criado por quatro jovens artistas que sentiram a necessidade de
unirem-se em prol de estudar Teatro na pratica e na teoria, e ainda não tinham definido por onde começar a suposta pesquisa de criação cênica.
Com alguns encontros, estavamos bem focados com o inicio do Laboratório de Preparação do Ator, orientado pela atriz Titina Medeiros.
Com tudo isso, teriamos então mais dois Laboratórios (o Laboratório de Criação Cênica com orientação de Paula, que ocorreria mais a frente. E o Laboratório de Música com Luiz, que já começava a todo vapor.).

...Parentes Janeleiros



Infelizmente, surgiu uma oportunidade de trabalho em São Paulo para Vitor Santhiago, e ele não pode resistir de ir morar lá. Pediu afastamento do grupo.
Entendemos e, antes mesmo dos abalos profissionais que o grupo sofreria, ficávamos sentidos e felizes com o fato ocorrido com nosso parente. Vitor foi um
integrante-fundador que plantou sementes no Janela, como a responsabilidade, profissionalismo, musicalidade e amor diante de tudo. Seremos sempre gratos e
proximos a ele. Quando ele vem a Natal, as janelas sempre estão abertas. Nosso eterno parente.

Não simplismente para preencher lacuna, mas para somar, e por antigas paqueras de trabalhar juntos, surgiu a oportunidade e Cris Reliê entrou para o
Grupo de Teatro Janela. Alguns descompassos para caminhar no mesmo sentido, mas, com certeza, tudo tornava-se positivo para que, juntos, podessemos
continuar firmes e fortes na longa estrada. E com o tempo, os laços concretizavam-se com Cris. A alegria tomava o grupo.

"Abro as janelas de meu peito
assim como da minh'alma
para deixar os ventos de nós
entrarem e espandirem-se por todos os cantos!(...) Cris Reliê"

...Tempo. Texto, música, vivência e comida...


Passado alguns encontros do grupo, com muito texto, músicas, vivências, práticas e comidas(era rotina, saiamos muito só pra comer e conversar. Fortalecia os laços). Apareceu um grande anseio em montar uma peça. Experimentamos esquetes, adaptamos e lemos alguns textos, como "Closer" na versão teatral. Com tudo isso, tivemos o valioso auxílio de Nara Kelly, Rogério Ferraz e João Junior para colocar os nossos pés no chão e enxergarmos que, em um grupo de teatro, a falta ao apego de pesquisa não podia existir. De tal modo, não tinhamos pesquisas concretas nem pré-desenvolvidas e não deveriamos montar um texto teatral. Assim, experimentações cênicas e pesquisas
tornaram-se efetivas nos encontros do Janela. Comida também... :D

domingo, 21 de fevereiro de 2010

..."Ah, o nome do grupo?..."


Com os laços se fortalecendo fora e dentro de sala de encontros, o grupo estava vivo. Mas faltava um nome.
"ô coisa chata é ter que escolher um nome, né?", pensávamos. E depois de pensar muito e já sem saco pra ter que escolher,
sugiriram nomes pavorosos como "Parangolé" e outros piores, mesmo. Hilário. Procuravámos nomes que carregassem alguma carga
potiguar. Mas nada surgia. Pelo menos nada que agradasse. Vitor sugeriu "Janela de Calle". Adoramos. Mas depois percebemos que o
"Calle", que significa "Rua" em espanhol, era fechação demais e deixava confuso, sujava. E por fim ficou Grupo de Teatro Janela. Simples. Claro. Com possibilidade para varias leituras coerentes.

"Com tantas portas fechadas por aí,
esta é uma janela que se abre.(...) Ranieri Sousa"


Aderimos também, com a ajuda de Lenilton Teixeira, o significado de que a janela, nesta sociedade cosmopolita em que vivemos,
revela as intimidades das pessoas. E já que queríamos cutucar a sociedade no seu intimo, com liberdade de pensamento. Pronto, casou.
O alivio de ter um nome e a felicidade pela aproximação da queridíssima Titina Medeiros para orientar uma pesquisa de preparação do ator
e estado de jogo (fundamentadas no trabalho pré-expressivo), nos fazia continuar vivos e sempre prosaicos.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

...Uma janela que abria.



A paquera para trabalhar juntos surgiu nas oficinas dos Clowns de Shakespeare. Após as oficinas, vimos que sempre nos encontravamos em cursos de teatro da cidade. Assim, decidimos nos reencontrar para pesquisar e estudar teatro juntos. No Centro de Formação e Pesquisa Teatral os encontros se efetivavam. Energias positivas, vontade de trabalhar... Estávamos empolgados para montar um grupo.

"Amigos, irmãos, companheiros de estrada, artífices do teatro, enfim, artistas; Que essa jornada que começa seja longa, prospera, transformadora, enfim, bombástica; Para vocês, toda a força e a coragem que precisam aqueles que decidem viver da sua arte, e ainda cometem a loucura de fazer isso em grupo.(...) César Ferrario"

Foram definidos alguns pactos. Não sabíamos o que seria "includente ou excludente" para estar presente no grupo, mas já definíamos os nossos conceitos e nosso encaminhar grupal. Não sabíamos que teríamos que, futuramente, nos reiventar e, de certa forma, nos justificar sempre. Sabíamos que o nosso trabalho artístico teria que ser catalogado ao trabalho de treinamento e preparação do ator. Sabíamos que queríamos cutucar a sociedade no seu intimo com liberdade de pensamento. Não sabíamos que forças e tensões deveriam estar sempre equilibradas para manter o grupo em pé. Exercício do outro. Clareza. Horários. Pensar no coletivo. Profissionalismo. Saber ouvir, saber falar... Eram tantas coisas que sabíamos e não sabíamos. Queríamos fazer. E isso não só bastava, mas nos impulsionava a criar uma família.

A necessidade de estrear, de apresentar, de montar, não existia em sua maioria. Havia uma sede de estudo e logo começávamos a compartilhar experiências e pesquisas em sala (experimentávamos jogos de Viola Spolin, Yoga, Viewpoints, Contato, exercícios de irradiação...)

"Partindo do conceito de que teatro é comunicação. O exercício de irradiação é a transmissão de energia, que pode ocasionar a leitura de alguma informação, até mesmo as mais profundas, de forma sutil e sensivel. A irradiação só ocorre com a intenção do ator em compartilhar. Para isso, o corpo do ator deve estar em estado de jogo, ou seja, tem que estar energético e dilatado... A energia interna do ator depende e é gerada pelo estado de jogo. A irradiação é concretização do corpo que fala e do corpo que ouve. O corpo torna-se acesso, brilhante, ligado, âmbar(como sempre menciono). É quando a fala não é o essencial. Olhar. Prontidão. Corpo vivo e latejante, pronto pra dançar e compor... É quando o ator passa a ter consciência do corpo que pode brincar e ousar a gosto. Bem, não sei se é verdade tudo que acabo de escrever. Mas foi o que delicadamente senti. rsrsrsrsrsrsrsrsrs(...) José Neto Barbosa"