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terça-feira, 16 de março de 2010

..."Homem-Peixe, afagado e afogado."


Era primeira vez que entravámos em cena juntos. Levavámos ao palco textos de diversas poetizas, a exemplo de Iracema Macedo, e também textos dos atores, a fim de externar sensações e inquietações próprias . Tendo, assim, cenas com elementos e temáticas bem definidas: na chuva ao mar, o afago e o afogamento devido ao amor (no seu vago sentido). Não podemos dizer que era uma narrativa concreta, mas que era um esboço do sentimento de um homem iludido com o amor e de uma mulher que, sozinha, espera por esse amor perdido. Os poemas e textos recortados traduziam tudo isso, de forma subjetiva. O presente e o passado dividiam o mesmo espaço de tempo. É dificil encontrar as palavras que signifiquem esse processo, e o produto era pra sentir, embarcar com o que se via e ouvia.

O primeiro experimento tem ligação com algumas técnicas de criação cênica e de treinamento do ator, como o Viewpoints (Ane Bogart, Siti Company-NY), e o "Contato" (proveniente de um breve encontro com Savio de Luna e sua pesquisa nos Clowns).

Depois de estreado em sessões para pouquíssimas pessoas, sentimos a relação indireta da tão falada química dos atores na cena e do entrosamento de cada um fora do palco. Os leves abalos da entrada de Cris e do afastamento de Vitor já tinham se passado, a alegria e empolgação de todos estavam em alta. Mas na cena, não nos conhecíamos tanto (normal para os primeiros trabalhos como grupo). O experimento teve um resultado muito bom. Queríamos mais.

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