Com proposição do integrante José Neto Barbosa, o espetáculo-experimento do grupo mergulha na angústia. Foi apresentado no projeto Barracantes do Grupo Clowns de Shakespeare (janeiro, 2010) e no projeto Gambiarra do Grupo Facetas (maio, 2010).
O Grupo de Teatro Janela apresenta, nos dias 10 e 11 de junho, o espetáculo “Volta, ao Ponto. Um experimento”, na Casa da Ribeira. A peça é o primeiro trabalho do grupo, formado em 2009, e foi contemplada no edital “Cena Contínua”, da Casa.
“Volta, ao Ponto. Um experimento” é um espetáculo de caráter aberto e mutável. Ele inaugura, junto com o
Janela, um novo processo de pesquisa cênica na vida artística dos participantes. Em sua execução, os atores do grupo propõem uma maior cumplicidade com a platéia, transformando-a em sujeito da obra.
O tema abordado no experimento é a ‘angústia’. Foi a partir dele que o grupo focou sua pesquisa para montagem do espetáculo. A execução de “Volta, ao Ponto” trata-se de uma contação de histórias, cujo personagem percorre um caminho de busca e encontro de si e do amor perdido, revelando suas intimidades e inquietudes.
A dramaturgia é uma livre adaptação do conto “Além do ponto”, de Caio Fernando Abreu. Outra forte inspiração para a montagem é a música “Volta”, das cantoras potiguares Simona Talma e Khrystal.
A direção de “Volta, ao ponto” é coletiva, bem como sua concepção. A proposição estética e dramáturgica, entretanto, é do membro José Neto Barbosa, dentro do
Projeto Abrindo Janelas.
Neste trabalho, o Janela bebe na fonte da Estética Relacional do Nicolas Bourriaud e nos Viewpoints da Anne Bogart (técnica de treinamento e criação cênica).
Para a montagem, foi essencial a contribuição da atriz Paula Vanina, do músico Luiz Gadelha e do bailarino Rodrigo Silbat, em laboratórios de criação cênica, musicalidade e oficinas de preparação corporal. O grupo contou também com o auxílio da atriz Titina Medeiros e de todo o público presente nos feed-backs da pesquisa.
O elenco é composto por José Neto Barbosa, Ana Carolina Marinho, Cris Reliê e Ranniery Sousa. Conta, ainda, com a participação de Natália Oliveira, que além de assinar os figurinos, executa a música de “Volta, ao Ponto” ao vivo.
Projeto Abrindo JanelasUma vez que o
Janela trabalha com a direção coletiva, o
Projeto Abrindo Janelas trata-se de uma espaço para que cada integrante do grupo possa propor uma pesquisa e uma dramaturgia, que será desenvolvida em conjunto.
Além de “Volta, ao ponto”, atualmente o
Janela estuda a obra do dramaturgo potiguar Racine Santos ‘A grande serpente’, para uma futura montagem. A proposição é da atriz Cris Reliê, convidando os integrantes a embarcar no universo nordestino. Dentro do processo, o grupo fez viagens laboratoriais pelo interior do RN e realiza pesquisas continuas em sala de ensaio.